[MATERIAIS] Dra. Fernanda Graboski

Chupar o dedo e chupeta um ato de enfrentamento que pode influenciar na saúde bucal

Segundo a Associação Americana de Odontologia (ADA), o hábito é um reflexo natural, mas que precisa ser acompanhado para não gerar problemas futuros na oclusão e arcada dentária

Na primeira infância é fofo e pode ser até considerado um momento de aconchego quando se vê um bebê ou criança chupando o dedo ou chupeta, mas com o passar dos anos esse hábito pode gerar problemas odontológicos. O ato pode causar diversos problemas de oclusão e alterações na arcada dentária, que podem ser notados ainda quando criança ou até mesmo na fase adulta.

Mas calma, papais! É completamente normal o bebê e a criança de até dois anos querer chupar o dedo ou a chupeta. Isso acontece devido à necessidade de sucção. Ainda na barriga da mãe, esse hábito já pode ser notado e surge como um reflexo natural. Após o nascimento, o reflexo é uma forma de proporcionar conforto e até mesmo acalmar o bebê.

Quando o bebê nasce, ele encontra conforto na hora da amamentação, e o ato de sucção pós mamada pode ser uma forma da criança estender esse bem-estar, que nem sempre está associado à fome, mas sim ao conforto emocional. Um mecanismo que pode continuar na criança até os dois anos, por ser uma forma de enfrentamento, aliviar a ansiedade e fazer com que ela se sinta segura e feliz.

De acordo com a Associação Americana de Odontologia (ADA), a necessidade da sucção nas crianças é aceitável, mas precisa ser acompanhada para que, em determinada fase, não influencie de forma negativa na saúde bucal. Após os três anos é preciso que o hábito cesse para que não desenvolva problemas, como mordida aberta, mordida cruzada ou mordida profunda, além de poder deixar mais flácidos os músculos dos lábios e da língua, podendo afetar a fala e a mastigação.

Contudo, se o comportamento persistir após os 5 ou 6 anos, a pressão e o movimento de sucção começarão a provocar alterações na boca e nos dentes. Segundo a ADA, o hábito pode resultar em alterações ósseas que afetarão o alinhamento dos dentes permanentes.

Então, papais, se seus filhos chupam o dedo ou a chupeta, fiquem de olho! Entenda a necessidade da criança, veja se é uma questão de enfrentamento e acolhimento. Mas o quanto antes o hábito for interrompido, maior será a chance de corrigir a mordida. E, claro, para se informar melhor, procure um(a) odontopediatra e, em alguns casos, até mesmo uma ajuda psicológica.

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